UMinho com asas para voar nas ciências aeronáuticas



Em Outubro deve arrancar o primeiro curso de piloto de linha aérea da University of Minho Aeronautical Sciences Academy (UMASA), adiantou ao ‘Correio do Minho’ o presidente do Instituto de Formação Aeronáutica (IFA), entidade que formalizou, ontem, com a Universidade do Minho e a Câmara de Braga, a criação de uma academia de ciências aeronáuticas que pretendeu atrair candidatos a pilotos profissionais.

António Mendonça adiantou que “já começaram a aparecer” os primeiros candidatos ao primeiro curso da UMASA, cuja parte teórica será ministrada na UMinho e os treinos no aeródromo de Palmeira, cedido para o efeito pela Câmara de Braga. Ainda segundo o presidente do IFA, este primeiro curso de pilotos de linha aérea, com duração de 18 meses, deverá funcionar com um mínimo de oito a doze candidatos.

O reitor António adiantou que a UMASA, vocacionada para formação credenciada de pilotos, é uma parceria que permitirá, no futuro, a UMinho avançar para cursos de grau académico na área das ciências aeronáuticas. Para além disso, a UMASA permite “atacar mercados internacionais” numa altura em que a UMinho tem urgência em encontrar “fontes alternativas de financiamento”.

O vice-reitor José Mendes esclareceu que “o objectivo deste projecto é formar pilotos de linha áerea, mas em contexto académico”, destacando que “não há nenhum curso destes em Portugal a decorrer numa universidade. Esta é a nossa inovação”.
Salientou, no entanto, que “não se trata de uma licenciatura”.


O curso é composto por uma vertente teórica com 750 horas, e uma prática, de 195 horas, com custos de cerca 50 mil euros para os alunos.
O ‘roadmap’ da UMASA prevê, nos próximos anos, o lançamento de cursos de licenciatura e mestrado nas áreas da engenharia aeronáutica, manutenção de aeronaves e pilotagem.

Rentabilizar aeródromo e Palmeira

O vice-presidente da Câmara de Braga, Vítor Sousa, que assinou o protocolo em nome do município, destacou que o acordo vai possibilitar investimentos no aeródromo municipal de Palmeira: “Um curso de pilotos desta natureza implica exigências na requalificação do aeródromo”
De acordo com o autarca, a criação da academia aeronáutica e a aposta na captação de formandos estrangeiros, é uma “oportunidade” para a cidade e para a UMinho no actual contexto de crise económica.

Vítor Sousa assegurou que “este protocolo vai ser uma marca distintiva para a cidade e para a UMinho”.
Para ingressar neste próximo curso de pilotos de linha aérea é necessário ter o 12.º ano de escolaridade concluído, bem como conhecimentos de Matemática e Física, assim como de Inglês, uma vez que as aulas serão dadas nesta língua.

26-07-2012 - Correio do Minho

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