Fradelos, Celeirós e Crespos: Festas perduram com “muito trabalho”

As festas continuaram este fim-de-semana, aproveitando a presença de muitos emigrantes, nas freguesias de Fradelos, Celeirós e Crespos.
Em Fradelos celebrou-se a festa em honra de S. Martinho e da padroeira Senhora do Rosário. Recuperada em 2009 por um grupo de mulheres, a festa ‘aguentou-se’ este ano pelas mãos de seis voluntários.


Ontem à tarde, os andores, decorados com flores naturais, estavam expostos no adro da igreja, prontos para a procissão, que se seguiu ao sermão. O andor de Nossa Senhora do Rosário, de S. Martinho, de Santo António, de S. Bento, do Sagrado Coração de Jesus, da Senhora de Fátima, do Menino Jesus, da Senhora do Sameiro, de S. José, do Senhor dos Malviados e da Senhora de Lourdes foram acompanhados por dezenas de figurados.

“A comissão que foi eleita ano passado acabou por desistir e para não deixarmos acabar a festa decidimos trabalhar”, contaram os elementos da comissão. Artur Quinteiro, José Cruz, Ricardo Fonseca, João Braga, Vicente Faria e Américo Cruz arregaçaram as mangas e “sem entrar em loucuras fez-se uma festa do agrado de todos e com pouco dinheiro”.

Depois de, na semana passada, ter celebrado o padroeiro da freguesia, S. Lourenço, a freguesia de Celeirós voltou a estar em festa este fim-de-semana.

No terceiro domingo de Agosto a freguesia comemora sempre o Senhor da Paciência, no Lugar do Covêlo. Manuel Lopes Ferreira é um dos responsáveis pela organização da festa e, ontem à tarde, admitiu ao ‘Correio do Minho’ que “não é fácil fazer a festa, porque é preciso muito dinheiro e dá muito trabalho”. Mas a festa continua sempre “conforme o dinheiro que há”.
Ontem, no final do sermão, seguiu a procissão com os andores do Senhor da Paciência, de S. Bento, da Senhora de Fátima, de S. Judas Tadeu, de Santa Teresinha do Menino Jesus e de São Brás.

Festa de cariz mais religioso

Já o padre da freguesia, Fernando Apolinário, lembrou a origem da veneração do santo. “A cruz apareceu aqui e as pessoas começaram a venerar. Esta festa é muito simples, mas muito sentida”, evidenciou o pároco. A festa de cariz mais religioso tem como pontos altos a missa campal, que se realizou ontem de manhã, a procissão, que aconteceu ontem à tarde, e a missa das promessas à capela do Senhor da Paciência que acontece hoje, a partir das 21.30 horas. “Claro que há música e fogo, mas o profano aqui é secundário, as pessoas veneram a imagem que para elas tem um valor incalculável.

Na freguesia de Crespos também houve festa este fim-de-semana, com a comemoração do dia da padroeira, Santa Eulália,
Na procissão, seguiram os andores, todos decorados com flores naturais, da Senhora de Fátima, do Senhor dos Passos, da Senhora das Angústias, da Senhora do Rosário, do Coração de Maria, do Menino Jesus, de Santa Ana, da Cruz de Cristo, de S. José, de S. Lourenço, de Santa Rita, de Santa Lúzia e da padroeira Santa Eulália.

Aurora Machado e Conceição Guerra fazem parte de uma das três equipas que trabalham durante o ano para as obras do Centro Social e Paroquial de Crespos e que, por estes dias, se dedicam à festa. “Consegue-se verbas para fazer esta festa com o bar, o peditório e os dois convívios da vaca, que juntam sempre mais de 200 pessoas”, contaram.

22-08-11 - Correio do Minho

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