Secundária D. Maria II desenvolve projecto



Um grupo de cerca de 60 alunos de diversos níveis e ensino da Escola Secundária D. Maria II - Braga, incluindo os cursos profissionais, coordenado pelo docente João Vieira, está em fase de conclusão de um projeto inovador na área do aproveitamento de águas pluviais.
 Segundo o coordenador João Vieira “o projeto é especial porque foi desenvolvido para além da fase conceptual estando neste momento em fase de testes do protótipo digital à escala e envolve parcerias empresariais e também interação científica com a Universidade do Minho (Departamento de Física) e com a ORION - Sociedade Científica de Astronomia do Minho”.

Em concreto, os alunos e as entidades parceiras, estão a trabalhar num protótipo industrial que será eventualmente fabricado pela Empresa GRAF especialista nesta área de aproveitamento de águas.

Este projeto nasceu no âmbito do concurso da Fundação Ilídio Pinho que decorreu durante este ano letivo. 
O tema deste ano pretendia o desenvolvimento de “projetos que valorizassem os recursos naturais e os recursos locais para a solução de problemas concretos”. 
Talvez por se tratar de um projeto concretizável os alunos envolvidos demosntraram grande empenho no sentido de inovar e, ao mesmo tempo, sensibilizar a comunidade escolar e a comunidade em geral para os problemas da falta e do aproveitamento sustentável da água.

“São muito importantes estes projetos multidisciplinares nas escolas envolvendo alunos em várias disciplinas em diferentes graus de ensino. Este projeto despertou muito a curiosidade dos intervenientes e teve bastante impacto, na comunidade escolar, sobretudo pelo facto de estarmos num ano em que tivemos seca extrema em todo país” afirmou João Vieira

Em concreto o projeto, que será submetido a concurso até ao dia 29 de Maio, projetou, estudou e prototipou um sistema modular de “muros” para habitações que no seu interior terão depósitos para recolha de água pluvial através dos tubos de queda. Esta água será aproveitada para sistemas de rega, limpeza e enchimento de piscinas e funcionará sem recurso a energia usando apenas a gravidade para o funcionamento.

Uma das vertentes também inovadoras é o facto de se evitarem as tradicionais escavações nas habitações e de ser possível instalar o sistema mesmo depois da habitação construída. O sistema também pode ser usado em outros contextos.

Outro dos dados interessantes revelados no estudo efetuado, pelos alunos, esteve relacionado com as poupanças de 30% a 50% nos custos anuais com água (dependendo da tipologia de habitação) e no facto de que a rega com a água sem tratamento ser muito mais saudável para as plantas e para os produtos hortícolas que semeamos em casa.

19-05-2012 - Correio do Minho

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