“Aqui começa uma nova vida”

Durante o dia de ontem, centenas de novos alunos matricularam-se na Universidade do Minho (UM). Uns acompanhados pelos pais, outros pelos irmãos e, ainda, outros pelos amigos. Apesar das incertezas e do misto de sentimentos, todos têm uma certeza: “aqui vamos começar uma nova etapa da nossa vida”.


Tânia Alves é de Famalicão e conseguiu entrar para o curso de Enfermagem. Filha única, os pais, Inês Silva e Carlos Alves, fizeram questão de acompanhar a jovem neste primeiro dia da nova vida. “Consegui entrar na primeira opção. Escolhi a UM por ser mais perto de casa, mas, sobretudo, pelo prestígio que tem”, justificou a jovem, enquanto esperava na fila interminável para fazer a matrícula e receber os ‘mimos’ que a Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) pre- parou para acolher estes novos alunos.

“Vou morar cá em Braga. É mais fácil”, atirou a jovem, sempre com o olhar de tristeza, sobretudo da mãe. “É filha única, a mim vai-me custar muito, mas à mãe vai ser ainda mais complicado”, admitiu Carlos Alves. “O pior vai ser depois arranjar emprego”, lamentou a mãe. A jovem lá pediu à mãe para ser mais optimista, acreditando que estes próximos anos vão ser um grande desafio. “Sei que vou ganhar independência, mas saudades vão ser muitas”.

Mais atrás na fila, o ‘Correio do Minho’ falou com quatro amigas de Valpaços. Joana Mesquita era a mais apreensiva. Não conseguiu entrar na primeira opção e vai ter que ir para Guimarães para o curso de Engenharia Civil. Já as amigas Elsa Santos entrou para Química e Silvi Reis e Filipa Ribeira conseguiram entrar para o curso de Psicologia. “Já somos amigas há muitos anos e decidimos escolher a UM por unanimidade, porque é uma boa universidade”.

Os próximos tempos serão “uma verdadeira aventura, uma nova experiência e uma mudança muito grande de vida”, vincaram as jovens. Joana vai viver em casa de familiares e as outras três amigas vão dividir casa, por isso, “não vai ser tão complicado a adaptação”.

As amigas Sara Vale e Sónia Fernandes, que moram na Póvoa de Lanhoso, também conseguiram entrar na primeira opção. Sara vai fazer Educação Básica e Sónia entrou em Relações Internacionais. As duas jovens foram na companhia da irmã de Sara, que também já anda na universidade. “Este é o primeiro dia de uma nova vida. Vamos para os cursos sozinhas e temos um pouco de receio”, confessaram as estudantes, que o facto de irem todos os dias para casa “não vai tornar esta nova vida tão complicada”. O desejo das jovens é conseguirem acabar o curso e tirar boas notas.

De Barcelos, estavam a acompanhar a filha Kelly, José Carlos e Fátima Duarte. Apesar de já terem um filho a estudar em Portalegre, “custa sempre” esta fase. “Não trabalhamos à segunda-feira, mas mesmo que trabalhássemos, vínhamos na mesma, ela pediu”, contaram os pais, não tirando o olho do que os estudantes da UM mostravam à filha.
“Espero que a universidade corra bem, até porque escolhi a UM porque é a melhor universidade do país”, vincou a jovem Kelly Duarte, admitindo estar preparada para a praxe. “O meu irmão já me deu umas dicas”, justificou a jovem barcelense, que já decidiu e vai ficar a morar em Braga.

“Bem-vindos à melhor academia”

“Bem-vindos à melhor academia do país”. Em resposta, os novos estudantes, que ontem se matricularam na Universidade do Minho (UM), sorriam, em jeito de orgulho por ali estarem.
As salas estavam devidamente preparadas e organizadas para receberem todos os novos alunos, que este ano vão frequentar a UM.


Depois da inscrição e de criarem o cartão de estudante, os caloiros, muitos deles com ‘vestígios’ de que já tinham passado pela experiência da praxe, tinham à sua espera vários stands, dando a conhecer tudo que existe e se faz na UM.
“Durante este primeiro dia inscreveram-se quase 700 novos alunos, mas amanhã (hoje) contamos ainda com uma grande adesão”, começou por avançar o vice-presidente do Departamento Pedagógico da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM), Hélder Castro.

Kit de sobrevivência

No percurso das quatro salas, que os caloiros tinham que seguir, as duas primeiras eram mais formais. Nas últimas duas salas, os estudantes eram confrontados com o mundo novo. “Ficaram espantados com a forma como foram acolhidos. O objectivo é mesmo esse, atenuar o choque dos alunos quando chegam ao ensino superior, por isso, preocupamo-nos em ter as salas acolhedoras e confortáveis”, frisou Hélder Castro.


Os alunos receberam, ainda, um ‘kit de sobrevivência’ com uma agenda e informações úteis sobre os pólos da universidade de Braga e Guimarães e respectivas cidades.
‘Acorda para um mundo melhor’ é o lema da ‘Semana de Acolhimento’, que se prolonga até ao próximo dia 29.

20-09-11 - Correio do Minho

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