O Sporting de Braga vai discutir com o FC Porto a final da Liga Europa, depois de ter deixado o Benfica pelo caminho, graças à vitória por 1-0 no jogo disputado ontem no Estádio Axa. E vale a pena continuar a sonhar, tendo em conta tudo o que este Braga de Domingos Paciência e companhia já conquistou. O Benfica saiu vergado da capital do Minho, não só pela derrota, mas também pelos argumentos maiores que pertenceram à formação orientada por Domingos Paciência. Os jogadores do Braga, em suma, foram os verdadeiros ‘Guerreiros do Minho’.

Um golo, de cabeça, apontado por Custódio aos 18 minutos relançou a eliminatória e reforçou o sonho do Sporting de Braga em marcar presença na final da Liga Europa. A equipa bracarense partiu para este jogo em desvantagem depois da derrota (2-1) no jogo da primeira ‘mão’, mas revelou-se destemida e não precisou de muito tempo para passar para a frente das “águias” graças ao voo de Custódio entre os defesas encarnados.

Sem Vandinho, castigado, Domingos Paciência apostou no jogador que o Braga recrutou ao Guimarães a meio da época e este veio a ter uma acção determinante. Outra novidade no ‘onze’ foi Mossoró, que ocupou o lugar de Salino e desempenhou a missão na perfeiçao, garantido maior mobilidade aos jogadores do ataque.

Jorge Jesus, também, não esteve com meias medida e colocou a carne toda no assador, consciente da exigência do duelo que tinha de enfrentar no Estádio AXA.
A estratégia do Braga acabou por resultar melhor, como prova a qualidade do jogo exibido ao longo dos primeiros 45 minutos. Sem surpresa, assistimos a um jogo do Braga personalizado, maduro, à imagem de outros que já efectuou neste longo percurso europeu.

O Benfica acabou por ser mais uma ‘vítima’ da eficácia patenteada pelos jogadores bracarenses ao nível da interpretação táctica do encontro. E neste caso em foco voltaram a estar jogadores como Hugo Viana e Alan, que retiraram por completo os holofotes que habitualmente iluminam os comandados por Jorge Jesus.

Em vantagem no marcador, e na eliminatória, o Braga encarou o jogo como se estivesse a zero, à medida que se tornou notória a pressão dos jogadores benfiquistas.
Jorge Jesus recusou cruzar os braços e optou por reforçar o lado esquerdo, com a entrada de Franco Jara para o lugar de César Peixoto, garantindo maior profundidade no flanco essencialmente através do apoio que garantiu a Coentrão.

O Benfica chegou a criar algum perigo junto da área do Braga, mas Artur Moraes agigantou-se e chegou para as encomendas. O Braga ofereceu resposta e chegou a estar perto do segundo, golo, novamente com Custódio em destaque, mas Roberto brilhou com duas espectaculares defesas. Mal soou o apito final, foi o delírio geral nas bancadas, com o público a festejar em conjunto o apuramento do Braga para a final da Liga Europa.
06-05-11 - Correio do Minho
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