D. Maria II de portas abertas à comunidade

Alvo de uma profunda requalificação e ampliação, a Escola Secundária D. Maria II assinalou ontem o final das obras. Além da festa que se espalhou por vários pontos da cidade, o dia ficou também marcado por uma maratona de intervenções em directo para a rádio ‘Antena Minho’ onde foi traçado o perfil desta estabelecimento de ensino, e, obviamente, pela publicação de um suplemento especial que integrou a edição de ontem do ‘Correio do Minho’.
Vasco Grilo, director da Escola Secundária D. Maria II, vincou que a publicação do suplemento de 24 páginas e as actividades que se realizaram durante toda a manhã tiveram por objectivo “simbolizar a importância desta obra de requalificação”.
“Foi uma forma diferente de festejar, pois uma inauguração é, às vezes, muito rápida, passa e esquece. Com este trabalho publicado pelo ‘Correio do Minho’ — a quem agradecemos o desafio — pretendemos fixar para memória futura o significado desta intervenção”, explicou o director.


Vasco Grilo realça que esta intervenção criou “um conceito de escola diferente” que aponta em dois sentidos. Por um lado, apostou na criação de áreas sociais, mostrando que a escola vai muito além da sala de aula. A escola não é só lugar para estudar, mas também para viver, crescer e experienciar. E, por outro lado, à abertura a comunidade.
Espaços desportivos, refeitório e o auditório. São estas as valências de que a comunidade em geral poderá usufruir na D. Maria II.
O director realça precisamente que o objectivo passa por fazer desta uma escola cada vez mais aberta à comunidade, uma abertura só possível devido à intervenção ambiciosa que ali foi realizada.
Vasco Grilo recordou que desde 2005 o projecto educativo da D. Maria II chamava a atenção para a necessidade de se realizarem obras.
“A requalificação da escola sempre foi uma reivindicação nossa, desde 2005”, recorda o director, que considera que a qualidade da acção educativa “pode fazer-se independentemente das condições”, mas com melhores condições é possível fazer um melhor trabalho.
Agora as condições são excelentes. Foi o próprio director a admitir que ficou surpreendido com a ambição do projecto para a requalificação da D. Maria II.
“A escola tem agora espaços que não tinha, nomeadamente espaços sociais dos alunos e dos professores; tem comodidades que não tinha; tem modernidade, porque está apetrechada com infra-estruturas tecnológicas. E o desafio que agora se coloca é precisamente esse: fazer melhor aquilo que já fazíamos muito bem”, vincou.
E há já uma grande responsabilidade que se coloca: a preservação dos espaços. “Tudo isto é dinheiro público e é preciso conservar e dignificar os espaços”, referiu Vasco Grilo, revelando que a escola pretende implementar um projecto que visa a responsabilização dos próprios alunos em zelar pelas instalações que lhes forem confiadas.
A ideia passa por dar um espaço definido a cada turma e, se isso se conseguir, cada turma zelará pela manutenção “do seu território”.
Vasco Grilo referiu ainda que as reacções à ‘renovada’ escola têm sido “muito positivas”.
A presidente do Conselho Geral da escola, Fátima Pereira, realçou também a importância da requalificação e considera que valeu a pena passar pelos sacríficios verificados com o convívio entre as obras e aulas.
Revela mesmo que a transição até correu melhor do que se esperava. “Inicialmente estávamos desanimados porque tivemos de ir para as traseiros da escola, mas quando começamos a ver a recuperação do nosso edifício... Ficou espantoso”, afirmou.
De realçar que Fátima Pereira foi eleita para presidir ao Conselho Geral da escola onde foi aluna e onde é professora há vinte anos.

Oferta formativa alargada no novo ano lectivo

Concluídas as obras, a Escola Secundária D. Maria II vai alargar a sua oferta formativa. Já a partir de Setembro, volta a receber alunos do terceiro ciclo do ensino básico (7.º, 8.º e 9.º ano).
Ângela Miranda, adjunta do director, realça que “a oferta formativa quer-se cada vez mais diversificada” de acordo com o projecto educativo da escola.
“Estamos a tentar introduzir cursos profissionais que sejam pertinentes, que tenham taxas de empregabilidade coe-rentes. Para nós, o mais importante é formar cidadãos e profissionais com competência”, sublinha a professora.
Atenta ao mercado de trabalho, a Secundária D. Maria II vai arrancar com um novo curso profissional, de Técnico de Auxiliar de Saúde. “É um curso novo que exige instalações laboratoriais e outros materiais que nós temos cá”, argumenta, lembrando que há ainda a mais-valia da D. Maria II ter um corpo docente numeroso e bastante experiente.
A nível de cursos profissionais, vai ser retomado o curso Técnico de Informática de Gestão e conta ainda com os cursos Técnico de Artes Gráficas e Técnico de Serviços Jurídicos.
Esta escola secundária oferece ainda os habituais cursos Cientifico-Humanísticos: Ciências e Tecnologia; Ciências Socio económicas, Artes Visuais; e Línguas e Humanidades.

Ardinas em festa na cidade


Num dia memorável para a comunidade educativa da Secundária D. Maria II, o ambiente festivo ultrapassou largamente os portões do liceu. Alunos e professores espalharam-se por vários pontos da cidade oferecendo a quem passava a edição do dia do ‘Correio do Minho’ onde estava integrado o suplemento de 24 páginas a cores dedicado exclusivamente a esta escola bracarense.


Mal chegaram ao centro da cidade, os alunos que desempenharam a função de ardinas fi-zeram-se notar. Todos vestidos com uma t-shirt verde clara identificando-os como estudantes da D. Maria II, estes ardinas distribuíram milhares de jornais. Recorde-se que a edição de ontem do ‘Correio do Minho’ teve uma tiragem de 14 mil exemplares.
No total, foram trinta os alunos que fizeram de ardinas, divididos por cinco grupos.
Cada grupo ficou responsável por distribuir o jornal num ponto da cidade. Houve a preocupação de cobrir toda a cidade, incluindo a zona da Universidade do Minho, explicou Fátima Pereira, presidente do Conselho Geral da Escola D. Maria II.
Sílvia Vieira, professora de Filosofia, foi a responsável por coordenar o grupo 2, um dos grupos colocados no coração da cidade. “O meu grupo de alunos está a distribuir os jornais na zona da Arcada, Jardim de Santa Bárbara, Rua dos Capelistas, Arco da Porta Nova e Rua de São Marcos”.
A docente realçou que os alunos estavam bastante empenha-dos e entusiasmados com esta tarefa, até porque este era “um dia especial para escola”.
Sílvia Vieira referiu ainda que quem passava se mostrava curioso por saber o que se passava e toda a gente pedia para levar o ‘Correio do Minho’.
“As pessoas que passam por nós nas ruas estão a reagir muito bem. Aceitam e pedem o jornal e dão-nos os parabéns”, acrescentou.
Para a professora de Filosofia este tipo de actividades fora da escola é importante para promover a identidade da escola e estreitar laços entre a comunidade educativa, mas também para promover a escola junto da comunidade. Ideia que vai de encontro ao objectivo da Direcção da D. Maria II que deseja que a escola esteja cada vez mais aberta ao exterior.

‘Marias’ fizeram sucesso na Arcada

O Clube de Artes da Escola Secundária D. Maria II deu ontem espectáculo no centro da cidade. Numa tenda montada junto ao chafariz da Arcada, os alunos que frequentam este clube dedicaram-se a pintar ‘Marias’, a boneca que já foi adoptada como símbolo da escola.
As pequenas bonecas de barro, que terão uns vinte centímetros de altura, são confeccionadas em Galegos, Barcelos, e são depois pintadas ou decoradas pelos alunos do Clube de Artes.
“Nós chamamos-lhes as nossas ‘Marias’ e são todas iguais, mas muito diferentes. Ou seja, o boneco em barro é sempre igual, mas são todos pintados ou decorados de maneira diferente”, explica Cidália Freitas, a professora que coordena o Clube.
A docente referiu ainda que são utilizadas as mais diversas técnicas para decorar as bonecas, desde a pintura, à colagem passando pela técnica de decoupage que utiliza guardanapos decorados e cola branca.
Estas bonecas suscitaram muita curiosidade e não faltaram propostas para adquirir alguns exemplares. “Nós não vende-mos. As bonecas são oferecidas pela escola a quem bem entende”, explicou Cidália Freitas.

Associação de Pais elogia “escola e professores de excelência”

José Lomba elogiou ontem “a excelência” da Escola Secundária D. Maria II e dos seus professores. O presidente da Associação de Pais e Encarregados de Educação — uma das muitas personalidades/entidades que falaram em directo na rádio Antena Minho — realçou que esta é cada vez mais uma “escola aberta” em quem os pais confiam plenamente os seus filhos. Na sequência das obras realizadas, José Lomba realçou que esta é uma oportunidade para a escola praticar um ensino de qualidade, como é a sua marca.
“As instalações ficaram excelentes . Vejo aqui espaços que nunca imaginei que existissem numa escola pública”, admitiu José Lomba, realçando ainda que “esta é uma escola que chama os pais e que os acolhe bem”.

Sporting de Braga: Secção de Basquetebol treina na D. Maria II


Há quatro anos que a Secção de Basquetebol do Sporting de Braga treina nas instalações na Escola D. Maria II. António Sá recorda que no início as condições não eram as ideais, uma vez que os treinos decorriam no polivalente antigo, mas realça que “agora a escola tem condições excelentes” para a prática da modalidade. “O Basquetebol do Braga quer aproveitar estas excelentes condições. E queremos fazê-lo porque temos cerca de 200 atletas (a seguir ao futebol seremos a modalidade com mais praticantes federados) e temos necessidades de espaços para jogar e treinar. Já temos um espaço em Lamaçães onde fazemos jogos e treinos também e aqui no centro da cidade foi sempre intenção nossa marcar uma posição porque temos muitos atletas aqui da escola”, referiu António Sá, representante da Secção de Basquetebol.


Requalificação das escolas não deve parar

O CEO do Grupo DST defendeu ontem que a “turbulência” que afecta actualmente o nosso país não pode colocar em causa o trabalho que está a ser desenvolvido pela Parque Escolar. Para José Teixeira, a requalificação das escolas é um investimento que gera valor a curtíssimo prazo, incentiva o conhecimento e promove a aprendizagem.
José Teixeira falava ontem na Escola D. Maria II, onde também marcou presença. De realçar que foi a DST quem procedeu às obras de requalificação desta escola. “Apostámos muito em ganhar a requalificação desta escola. Para nós era simbólico estarmos aqui. A nossa cidade conhece-nos pela ligação às energias renováveis e às telecomunicações, mas na construção civil esta obra é para nós, de facto, importante”, afirmou.
Conhecido pela sua veia de mecenas cultural, José Teixeira defende a reabilitação do património escolar e realça as novas condições que os edifícios intervencionados adquiriram. “Ficamos com escolas com todas as condições, desde as últimas tecnologias passando pelos espaços de convívio que são muito importantes para que as pessoas, alunos, professores e funcionários gostem de estar na escola”, disse.
A DST ganhou também a requalificação de outras três escolas secundárias —Almeida Garrett (Vila Nova de Gaia); José Régio (Vila do Conde); e Fontes Pereira de Melo (Porto)— e está pré-qualificada “para mais uma série de obras de requalificação do parque escolar que se prevê avançarem brevemente”.
É público que a DST é uma empresa exemplar no que diz respeito ao mecenato cultural. Além de apoiar a Companhia de Teatro de Braga, a DST instituiu há 15 anos o Prémio de Literatura DST, cuja entrega ao vencedor da última edição está agendada para hoje, às 16 horas, na Feira do Livro de Braga (evento que também patrocina).
O grupo empresarial bracarense apoia ainda três agrupamentos de escolas do concelho. Esse apoio traduz-se na oferta de um livro a cada aluno no dia do respectivo aniversário.
Ainda na Escola Secundária D. Maria II, a DST é o patrocinador da equipa de Voleibol Juniores Feminino.


Centro de recursos que promove a democracia

A Biblioteca Escolar é apresentada como um dos ex-líbris da renovada Escola Secundária D. Maria II. Margarida Meneses, a professora bibliotecária responsável por este centro de recursos, realça que “sendo a escola o local de acesso ao conhecimento, os livros têm de estar presentes para alunos e professores”. Na era da comunicação, além dos livros há outros recursos que também estão disponíveis na biblioteca. O lugar de destaque que é dado à Biblioteca Escolar não é desproprositado. Margarida Meneses sustenta que este deve ser um centro de recursos acessível a todos, onde os alunos se sintam bem e onde os professores tenham também os recursos que ambicionam.
“É importante que, de forma orientada ou de forma independente, os alunos tenham meios para poderem atingirem os seus fins e ganharem autonomia e sentido critico. É muito importante para o seu crescimento”, salienta Margarida Meneses, sustentando que a “Biblioteca Escolar é também um centro de recursos que favorece a democracia, sobretudo para os alunos com mais dificuldades porque podem aqui ter acesso a instrumentos que outros têm e eles não têm”.
Margarida Meneses recorda que a Biblioteca da Escola D. Maria II foi última a entrar na rede de bibliotecas escolares, algo que se ficou a dever ao facto de ocupar um espaço muito exíguo.

Biblioteca airosa e funcional

Nesta requalificação, a Biblioteca ficou num lugar de destaque. “Temos um bom espaço e muito central porque fica mesmo por cima da entrada da escola e muito próximo dos alunos, e porque é na zona dos serviços”, salienta, evidenciando também que o espaço é airoso, pois beneficia de luz natural de dois lados.

30-04-11 - Correio do Minho

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