Cruz Vermelha recolhe bens para doar a quem mais precisa



Um livro que já não se lê, uma peça de roupa que já não se usa, os brinquedos para os quais já não se tem idade. Tudo isto e alimentos e produtos de higiene pessoal foram ontem recolhidos a favor de quem mais precisa na iniciativa ‘(Em)Caixote tudo o que puder’, uma parceria da delegação de Braga da Cruz Vermelha Portuguesa com a organização de Capital Europeia da Juventude.

A recolha dos bens decorreu durante todo o dia no centro comercial ‘Minho Center’ e deve ser repetida lá para Setembro ou Outubro, altura em que os bracarenses serão chamados a doar também artigos escolares para distribuição por famílias mais carenciadas.
Os caixotes da Cruz Vermelha receberam ontem alimentos, produtos de higiene pessoal, vestuário, calçado e outros artigos que irão minorar as dificuldades de muitas pessoas atendidas em diversas valências daquela instituição.

David Rodrigues, técnico da delegação bracarense da Cruz Vermelha, adiantou ao Correio do Minho que parte das doações da iniciativa ‘(Em)Caixote tudo o que puder’ “servirão um projecto de apoio aos reclusos do Estabelecimento Prisional de Braga”.
Na sua loja social, a Cruz Vermelha bracarense faz a triagem dos donativos, encaminhando parte deles para as suas diversas valências sociais, nomeadamente equipas de rua de apoio aos sem-abrigo e Centro de Acolhimento Temporário.


Através da iniciativa ‘(Em)Caixote tudo o que puder’, a Cruz Vermelha reforça o seu stock de bens essenciais que distribui também directamente a pessoas necessitadas, devidamente sinalizadas pela Segurança Social e pelas suas equipas de intervenção.
Uma parte dos bens doados, nomeadamente vestuário e calçado em bom estado, “é vendido a preços simbólicos cuja receita reverte para as nossas actividades”, acrescentou David Rodrigues.
Este responsável apela à doação de lençóis, toalhas de mesa e de corpo, artigos muito necessários para o funcionamento do Centro de Acolhimento Temporário da Cruz Vermelha.

Promover voluntariado jovem

A iniciativa ‘(Em)Caixote tudo o que puder’ visa também promover o voluntariado social entre os jovens. Catarina Azevedo é uma das seis alunas do curso de Medicina da Universidade do Minho envolvidas nesta acção da Capital Europeia da Juventude. Este grupo de estudantes escolheu a delegação de Braga da Cruz Vermelha Portuguesa para a realização de um projecto de intervenção social no âmbito da unidade curricular Opção 1. São elas as responsáveis pela montagem desta iniciativa solidária que envolve cerca de quatro dezenas de voluntários.


Para David Rodrigues “é muito importante a doação anónima ao longo do ano, mas também são importantes estas acções públicas para dar a conhecer a um maior número de pessoas que existimos e o que fazemos”. Este responsável sublinha que a Cruz Vermelha “não é só emergência”. Aliás, em Braga, a maior parte da actividade da organização “é de cariz social”.

17-06-2012 - Correio do Minho

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