S. Lázaro ‘mima’ mais novos

O Centro Social João Paulo II, em Apúlia, no concelho de Esposende, recebeu, de 3 a 12 de Agosto, 25 crianças de S. Lázaro.
A junta de freguesia local, que já promove a iniciativa para os seniores, decidiu este ano dar um “mimo” aos mais novos de algumas famílias necessitadas da terra.
“São muitas as famílias que nos procuram na junta de freguesia e, por isso, o executivo decidiu promover esta iniciativa mais direccionada para as crianças”, justificou o autarca, João Pires, que fez questão de visitar os participantes ao centro social.



As famílias dos mais novos, segundo o presidente da junta, “não tem qualquer tipo de encargos com esta iniciativa, nem a nível de transporte, nem com a alimentação ou a estadia dos mais pequenos”.

Para muitos dos participantes esta foi a primeira experiência do género que já viveram. “As crianças estão a gostar da iniciativa e tiveram uma recepção muito boa no centro social. As condições são excelentes e as pessoas que lá trabalham são do melhor que há”, confidenciou o presidente da junta de S. Lázaro, realçando o facto dos monitores que acompanham as crianças 24 horas por dia serem “profissionais com experiência, e isso é do melhor para dar garantias aos pais dos mais novos que tudo corre bem”.

Obedecer às regras é tarefa mais complicada

A hora de dormir e o barulho à hora das refeições são os momentos mais difíceis de gerir para quem tem como função acompanhar os mais pequenos que frequentam a colónia de fé- rias do Centro Social João Paulo II, em Apúlia, no concelho de Esposende.
Carina Silva é a coordenadora da colónia de férias do centro social. “São 24 horas por dia com as crianças e temos que estar sempre de olhos neles e ver cada passo que dão”, salientou a professora, que aproveita as férias “para ganhar mais um pouco”.


O mais complicado nesta tarefa é mesmo impor as regras aos miúdos. “Antes da colónia co- meçar temos uma reunião com os monitores, aos quais são transmitidas as regras da casa e as tarefas que têm, desde ajudar as crianças a vestirem-se e a dar banho”, contou.

Sobre o grupo de crianças de S. Lázaro, Carina assegurou que tudo “correu muito bem”. E atirou: “é normal haver chatices entre eles e fazerem queixinhas, mas a hora de dormir e as conversas no refeitório são os momentos mais difíceis de gerir”. De um modo geral eles vão cumprindo as regras, mas quando não se comportam bem chegam os ‘castigos’: não ir à água, não ir à piscina ou não comer sobremesa são os mais frequentes.

Para além da coordenadora, as crianças e jovens contam, ainda, com a companhia de monitores. Tânia Barbosa é uma das monitoras do centro que se ocupa dos mais pequenos. “Sou monitora há cinco anos, desde que vim com um projecto de Vieira do Minho, de onde sou residente”, explicou a jovem, que acabou o curso de Higiene e Segurança.


No início, referiu a monitora, “as colónias eram mais para as crianças institucionalizadas e acabava por gostar mais do trabalho”. Agora está a fazer três turnos e acaba por “juntar o útil ao agradável”. “Às vezes é complicado gerir as situações dos miúdos que vivem com os pais e aqueles que são institucionalizados. Há miúdos muito rebeldes, mas são as crianças institucio- nalizadas que me fazem vir pra cá, porque eles sentem-se tão felizes aqui. Muitos deles nunca tinham ido ao mar e para alguns é a primeira vez que têm uma cama e um sítio para pôr as coisas deles”, confidenciou.

16-08-11 - Correio do Minho

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