ACB reafirma que cidade perdeu 10 mil pessoas com fim do Hospital

O director-geral da Associação Comercial de Braga (ACB) lamentou ontem que as autoridades nacionais não tenham feito nada para atenuar a “agressão” que constituiu para o comércio a saída do Hospital do centro da cidade. Abílio Vilaça aproveitou a sessão de abertura do projecto ‘Competir com Igualdade’ para alertar sobre as consequências negativas no tecido comercial, resultantes da transferência do Hospital para a zona das Sete Fontes, reafirmando que, com isso, o centro da cidade perdeu um fluxo diário de mais de 10 mil pessoas.


O responsável da ACB adiantou ao Correio do Minho que aquele número foi calculado com base nos últimos relatórios de actividade do Hospital, nomeadamente no que diz respeito ao movimento de consultas externas, urgências e internamentos.

‘Guerra’ de números

A insistência no número de 10 mil pessoas directa ou indirectamente associadas à actividade do ex-Hospital de S. Marcos ganha relevância depois de o presidente da Câmara, Mesquita Machado, e o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Braga, Bernardo Reis terem considerado os cálculos da ACB exagerados. O autarca e o provedor estimaram em cinco mil o movimento de pessoas que seria induzido pelo funcionamento da unidade hospitalar.

Sejam cinco mil ou dez mil, o secretário-geral da ACB entende que “o centro da cidade de Braga não se pode dar ao luxo de perder tanta gente”. Abílio Vilaça considera útil “uma reflexão aberta sobre esta temática, que ajude a perceber a importância do novo Hospital, mas também o prejuízo causado com o fim do S.Marcos e o que não foi feito para diminuir esse problema”.

27-07-11 - Correio do Minho

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