Com o objectivo de angariar fundos que permitam a sustentabilidade da delegação de Braga da Cruz Vermelha Portuguesa realiza-se, no próximo dia 29, a partir das 21.30 horas na Alameda do Estádio Municipal, um concerto solidário com Tony Carreira. Espectáculo só é possível com as ‘mãos amigas’ do ‘Continente’ e da empresa ‘Best Events’, permitindo que o valor dos bilhetes comprados reverta na totalidade para a instituição.


“Se tivermos, por exemplo, 30 mil bilhetes vendidos significariam 90 mil euros para a instituição, dos quais não pagamos impostos, e isso seria um mar e um oceano a entrar por esta casa dentro”, confessou o novo presidente da delegação de Braga da Cruz Vermelha Portuguesa, Armando Osório, admitindo que apesar da situação não estar fácil, “dá uma espécie de ‘pica’ e, além disso, os fortes têm soluções e os fracos têm problemas”. E nem tudo é mau. “Nesta peregrinação pelas empresas de chapéu na mão, cheguei a uma conclusão: deram sem pedir qualquer contrapartida. As pessoas estão sensíveis à crise”.
Depois de promover o mega piquenique em Lisboa, o ‘Continente’ definiu uma série de concertos com o cantor Tony Carreira e um deles vai ser em Braga.
Entretanto, a empresa bracarense Best Events associou-se à iniciativa, permitindo que até ao dia do concerto todas as despesas com palco, instalação eléctrica, vedação, alojamento, catering, segurança, WC’s estejam totalmente pagas. “Aceitámos este desafio, porque a empresa tem, também, um projecto social que visa ajudar as instituições da terra. Ano passado colaborámos no projecto ‘Unidos, Une-te a nós’”, lembrou um dos responsáveis da Best Events, Jorge Ferreira, referindo que “o Continente paga o cash ao artista, mas há uma série de infraestrututras necessárias que têm custos”. Para assegurar que, até ao dia do concerto, esteja tudo pago, a Best Events conta já com “a generosidade de mais de 25 empresas que estão a apoiar a iniciativa, umas com meios financeiros e outras com as próprias infra-estruturas”. O objectivo, acrescentou Jorge Ferreira, “é que toda a receita de bilheteira reverta na íntegra para a Cruz Vermelha”.
O empresário acredita que “vai ser um espectáculo memorável para a cidade, para o Minho e, sobretudo, para a Cruz Verme- lha”, revelando um dos exemplos solidários: “uma empresa já comprou mil euros de bilhetes para oferecer aos colaboradores”.
Os bilhetes, que custam três euros, estão disponíveis na delegação de Braga da Cruz Vermelha Portuguesa, no Posto de Turismo, na FNAC de Braga e Guimarães e, no dia do concerto, nas bilheteiras do estádio.
Instituição vai ter grupo de 20 ‘consultores’
Armando Osório é o novo presidente da delegação de Braga da Cruz Vermelha Portuguesa, ocupando o lugar deixado por Francisco Alvim. A nova equipa quer manter todos os serviços, mas garante que é preciso “emagrecer” nos custos e procurar outras formas de receita. Para ajudar vai ser criado um grupo de ‘consultores’.
O presidente da delegação de Braga conta, ainda, com a ajuda de Almerinda Rebelo, como vice-presidente para a Área Social, de Costa Correia, como tesoureiro, e de Ferreirinha Antunes, como responsável da imprensa e comunicação.
“O tempo que estivemos na comissão administrativa deu para fazer o diagnóstico. O trabalho é válido, mas temos que ter os mesmo serviços com me- nos dinheiro, procurando outras fontes de receita”, defendeu o presidente. E atirou: “estamos a conseguir devagarinho, porque somos uma instituição com um orçamento muito elevado. Temos feito emagrecimento a nível do funcionamento da casa, cortando naquilo que não é necessário e mobilizar mais a sociedade civil para nos ajudar. É fundamental criar sustentabilidade na instituição e mão de obra gratuita já temos”.
Mudanças para o Centro de Acolhimento Temporário
Daí surge a ideia de criar um grupo de ‘consultores’. “Vão ser 20 magníficos com influência na nossa cidade e a ideia é reunir uma vez por mês. Com este grupo de conselheiros, constituído por pessoas com influência no meio económico e cultural da cidade, pretende-se transmitir as nossas preocupações a pessoas que têm outra experiência de vida que nós não temos”.
Mudanças para o Centro de Acolhimento Temporário
Daí surge a ideia de criar um grupo de ‘consultores’. “Vão ser 20 magníficos com influência na nossa cidade e a ideia é reunir uma vez por mês. Com este grupo de conselheiros, constituído por pessoas com influência no meio económico e cultural da cidade, pretende-se transmitir as nossas preocupações a pessoas que têm outra experiência de vida que nós não temos”.
Para já, um dos exemplos de mudança anunciados é no Centro de Alojamento Temporário (CAT). “Temos 47 pessoas no CAT, que se não estivessem ali estavam na rua. Conseguimos uma parceria, um projecto que vai financiar um sistema de la- vagem de carros e, além disso, num terreno cedido pela câmara municipal vai ser montada uma estufa. A ideia é que essas pessoas trabalhem e, além disso, se têm rendimento mínimo ou reforma vão passar a contribuir, por- que se continuarem sem pagar isso provoca ociosidade e é mau”. Desta forma, o presidente acredita que vai ser possível “equilibrar uma unidade que é deficitária”. Para resolver os problemas, “às vezes é uma questão de criatividade e não de dinheiro”.
Entretanto, “um dos empresários que visitou o CAT ficou impressionado com o que se faz lá e disponibilizou-se a financiar na totalidade”, referiu.
14-07-11 - Correio do Minho
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