A passada sexta-feira, primeiro dia das festividades em honra do mártir S. Vicente, ficou marcada pela conclusão da requalificação da capela-mor da Igreja de S. Vicente. Os magníficos painéis de azulejos deste templo estão todos, finalmente, recuperados.
Depois de em 2006 ter concluído a recuperação dos painéis da nave da igreja, a Irmandade do Mártir S. Vicente dá agora por terminada a intervenção na capela-mor, revelou ontem ao ‘Correio do Minho’ a tesoureira, Manuela Braga.
“A intervenção na capela-mor começou em Maio e acabou precisamente no primeiro dia das festividades. Além dos azulejos, também foi requalificada toda a iluminação”, explicou a tesoureira da Irmandade.
Com os painéis de azulejo recuperados, a Irmandade pondera agora envernizar o chão do templo e também substituir uma porta lateral. Mandar limpar os dois quadros que estão pendurados nas paredes laterais da nave, acima dos azulejos, é outro desejo da Irmandade.
“Aparece sempre mais alguma coisa para fazer”, diz Manuel Braga, realçando que a Irmandade vai trabalhando à medida que o dinheiro entra. E os únicos meios de subsistência desta Irmandade são as caixas de esmolas colocadas no templo e o lucro que a advém das contribuições dos fiéis no decorrer das festividades em honra do mártir S. Vicente, que este ano começaram na sexta-feira e terminam ao final desta tarde.
Em termos de crise, a tesoureira revela que nos últimos mes
es se notou uma “quebra muito significativa nas esmolas” que os fiéis colocam nas colocam nas caixas. “Em relação aos anos anteriores, as esmolas diminuíram muito. Vamos ver agora como corre a festa”, referiu.
Comerciantes queixam-se
Não é apenas nas esmolas que se reflecte a crise. À porta do tempo, os comerciantes também se queixavam.
Há alguns anos que Fátima Veloso vende velas nestas festividades e diz que não tem memória de um ano assim. “Que eu me lembre, este está a ser o pior ano de sempre”, admitiu.
A vender castanhas assadas, Maria da Conceição Pereira também nos disse que “o negócio está mau”. A dois euros e meio o quarteirão, as castanhas assadas não saíam da banca, apesar do frio intenso que se fazia sentir no dia solarengo de ontem.
Esta festa é também conhecida pela romagem de crianças à igreja, onde colocam uma vela junto à imagem de S. Vicente pedindo-lhe protecção contra a doença da varíola.
Aqui, a crise parece não afectar o número de pessoas que vai ao templo venerar o mártir.
Durante todo o dia de ontem, a romagem à igreja foi uma constante.
Também na sexta-feira à noite não faltou povo no adro da igreja, para assistir às tradicionais fogueirinhas de S. Vicente.
O programa das festas contempla hoje a celebração de uma eucaristia, às 10 horas, animada pelas crianças da catequese. Às 12 horas há missa solene e sermão em honra do mártir S. Vicente.
23-01-11 - Correio do Minho
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