
“Este é um mestrado vocacionado para o turismo cultural e as industrias criativas são fundamentais para promover a criar produtos específicos para o turismo cultural”, referiu a professora Ana Bettencourt ao CM, explicando a escolha do tema para esta iniciativa que apesar de ter como público-alvo os vinte alunos do mestrado foi aberta à comunidade. Ana Bettencourt realçou ainda que “o turismo cultural é um dos sectores da nossa economia que o país está empenhado em fazer crescer”.
Sobre ‘Empreendedorismo criativo’ falou a presidente da ADDICT — Agência para o Desenvolvimento das Indústrias Criativas. Ana Carvalho destacou que “o empreendedorismo criativo é eixo estratégico de intervenção” e explicou como é que se pode passar de uma ideia criativa à acção, o que “nem sempre é fácil”, alertou.
Criada em 2008, a ADDICT implementou uma agenda estratégica para a região Norte para a área das indústrias criativas, sendo essa é a agenda “que suporta os investimentos que a CCDRN está a fazer na área e que são muito avultados”.
Paula Peixoto Dourado, directora da ADRAVE — Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Ave, focou a sua intervenção no Projecto de Valorização do Património Industrial do Vale do Ave, explicando como foi desenvolvido o projecto, quais os seus objectivos, actividades e acções desenvolvidas, abordando ainda os produtos e actividades que dele resultaram.
“O objectivo é motivar os alunos para que, através do empreendedorismo criativo, peguem em ideias relacionadas com os nossos recursos endógenos e com o património cultural e industrial desta região”, referiu Paula Peixoto Dourado ao CM, realçando que acredita que estes recursos e património “podem ser melhor aproveitados” no contexto turístico.
O outro convidado para esta sessão foi António Cândido, do Gabinete de Estudos e Projectos da Turismo Porto e Norte de Portugal, que explicou que a sua presença ali devia ser encarada como pessoal e não institucional, uma vez que o seu objectivo era estabelecer uma conversa com os alunos.
António Cândido realçou que “o turismo sempre esteve ligado às actividades criativas através do turismo cultural, embora a questão das actividades criativas ainda não esteja muito desenvolvida naquilo que é área do turismo”. “Começa agora a falar-se em turismo criativo, mais é algo que ainda está numa fase embrionária”, realçou o técnico, para quem “esta é uma área com muito potencial a explorar, sobretudo pelas vantagens competitivas que traz para os próprios destinos”.
Se no turismo cultural o turista tem “uma presença mais ou menos passiva”, no turismo criativo “ele está totalmente introduzido nas actividades criativas que estão implementadas no destino”, ou seja, no turismo criativo o turista deixa de ser um mero espectador e passa a ser uma peça fundamental, a ser alguém que pode também contribuir para a criatividade que se está a desenvolver.
06-02-11 - Correio do Minho
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