Convento de Montariol recorda vida e obra do santo

As Festas de Santo António do Convento Franciscano de Montariol decorreram ontem, mantendo-se a tradição da bênção e distribuição o ‘pão de Santo António’ que recorda a vida e obra do frade franciscano.
Após a concentração dos fiéis junto à Capela do Alecrim, a festa seguiu em procissão até à igreja do convento franciscano, percorrendo as ruas do Areal e José Gabriel Bacelar e a Travessa Nuno de Morais ao som da Fanfarra do Agrupamento de Escuteiros de Lago, Amares.


A eucaristia, presidida pelo Frei Vítor Melícias, provincial da Ordem dos Franciscanos, reflectiu sobre a “fé em Jesus Cristo e a devoção a Santo António”. De acordo com Vítor Melícias, celebrar festivamente o Santo António de Lisboa, é “tornar célebre e reconhecer” a obra do ‘amigo dos pobres e necessitados’.

Recordando a vida do santo franciscano, Frei Vítor Melícias apela ao “chamamento para se ser missionário”, ensinando a doutrina do Evangelho. Considerando Santo António como “um símbolo” cujo ícone reflecte as “qualidades e virtudes” do santo, Frei Vítor Melícias realçou o valor dos três nós presentes na corda do hábito franciscano, símbolo dos votos de pobreza, castidade e obediência.

Espalhando a mensagem de Santo António, os frades franciscanos seguem o propósito de “apoiar os doentes e os pobres”, testemunho que alicerça a missão d’ ‘O Poverello’, centro de acolhimento criado pela ‘Domus Fraternitas’ junto à igreja do convento de Montariol através da requalificação e adaptação de alguns anexos.

‘O Poverello - Ajude esta obra’

‘O Poverello’, centro de acolhimento de cuidados continuados integrados, virá a acolher, em Montariol, os doentes mais carenciados. Contabilizando, no total, 56 camas, o centro de acolhimento prevê integrar 23 camas para estadias de média duração, 23 camas para acolhimento de longa duração e 10 camas para cuidados paliativos.Com um custo total que ronda os 3 milhões de euros e recebendo uma comparticipação estatal de 750 mil euros, os responsáveis pela obra apelam à generosidade dos fiéis para a conclusão d’ ‘O Poverello’.

Frei Vítor Melícias apelou, durante a missa solene, ao espírito de solidariedade e de paz inspirado em Santo António e à abertura para o encontro entre diferentes culturas, referindo a reunião que o papa João Paulo II promoveu com os chefes das principais religiões em Assis para rezar pelo encontro, tolerância e diversidade religiosa.
Terminada a eucaristia, procedeu-se à distribuição do pão benzido pelos presentes, seguindo-se o almoço convívio na mata do convento de Montariol. A tarde foi animada pelo grupo ‘Cantares da Eira’ de Martinho da Gandra, Ponte de Lima, bem como pelos jogos tradicionais.

20-06-11 - Correio do Minho

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